Felicidade



Felicidade


“Felicidade é como uma borboleta: Quanto mais você tenta apanhá-la, mais ela se afasta de você. Mas se você dirigir sua atenção para outras coisas, ela virá e pousará suavemente no seu ombro.”

― Henry David Thoreau

Muitos querem encontrar a felicidade lá fora. Muitos se perdem em constantes distrações, confundem a alegria passageira, que não passa de um estado fugidio da alma, e que logo cessa como qualquer sentimento vago, com a verdadeira felicidade. A alegria, pelo contrário, vem muitas vezes, mas não é felicidade; é alterar-se pelo que vem de fora, enquanto que a felicidade é um estado íntimo do nosso ser. A felicidade é algo que não encontramos aqui na terra; porém, se a entrevemos por esforços de nossas boas ações, sentimos que ela se perde na imensidão dos acontecimentos, não sendo assim possível mantê-la. 

A tranquilidade da alma durante a vida é marcada por pequenos momentos em que sentimos essa sensação, que preferimos acreditar que seja o que achamos que é a felicidade, que de fato é, mas é tão sutil que não somos ainda capazes de absorvê-las. Possuímos esse anseio pela paz em nós, e mesmo sentindo um pouco dela, já nos sentimos mais felizes. Mas ainda assim esse deleite da alma é muito curto, bem passageiro mesmo. Conforme vamos vivendo e se analisarmos bem os momentos marcantes de nossas vidas, quantos, salvo aqueles que causaram marcas, não podem ser contados ao dedo como situações de momentos de extrema revolução interior? A vida, por mais que aparentando ser bem longa, recupera o seu real sentido nessas rápidas sensações, que nos devolve de certa forma ao todo Universal.

O grande problema da humanidade é querer aquilo que não pode obter, ou ao menos que não precisaria. Muitos se esforçam por sabotar a si mesmos, satisfazendo as suas paixões, desviando a própria trilha que os levaria ao caminho da paz. O homem passa pela dura prova de perder tudo aquilo que conquistou para enxergar que, em realidade, nunca teve nada. Pelas próprias ações do homem é que se depara com situações difíceis, e por não poder manter aquilo que acumulou para si, sofre as angústias e as aflições do apego; sendo este sentimento, o apego, uma total distinção para a elevação. Ora, um pássaro pesado não consegue voar, assim é o homem com seus pensamentos densos que o impede de ascender ao clarão dos céus. A única coisa que lhe pertence é a sua individualidade, e a única coisa que deve dar é o amor; apenas isso.

A felicidade se concentra nas menores coisas, nos simples gestos e nas pequenas conquistas. É dando que se recebe; aquele que ama, não esperando ser amado de volta, possui o bilhete garantido para o espetáculo Divino. Mas como iremos alcançar este sentimento, a felicidade, justo quando ela se encontra a infinitos de distância de nossos corações? É bem verdade que não somos capazes de desfrutar dela aqui, porém, num mundo que passa por um período de renovação, não frustrar-se perante os acontecimentos da vida é uma felicidade; não se deixar abater pelas ações do outro é uma felicidade; suportar as duras fases de nossas escolhas é uma felicidade; ajudar o próximo é uma felicidade; fazer, não necessariamente o bem, mas evitar o mal a qualquer custo, também é uma felicidade. 

Feliz é aquele que admira o belo em todas as coisas. Aquele que percebe a natureza celeste em todas as criaturas e em todos os atos. A verdadeira felicidade, que pode ser alcançada por nós, é amar a tudo e todos, contemplar o universo e o infinito que transcende a nossa imaginação. Vista-se com o manto da verdade, meu amigo, e prepare-se para o maravilhoso espetáculo de amor; idealizando, enfim, a beleza maior, seremos atraídos pelas intensas ondas de vibrações amorosas que permeiam o espaço. 

Autor: Rodrigo S. Martins



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